O lápis preto de olho sempre foi meu xodó, mais importante que brinco. No distanciamento social então, tem sido o pretinho básico da labuta.
Nsse cenário de home-office, home-schoolling, home-cleaning, home-entertainment, e home-at-all (eita, que o inglês tomou conta da prosa virtual), percebi que deveria ter investido mais em pantufas do que em botas. Que um bom fone de ouvido é mais confortável do que aquela calça jeans que aperta minha barriga.
O pretinho básico ocular tem valor pra mim. Ressalta a profundidade do olhar, emoldura a seriedade e a serenidade que quero transmitir e brinca comigo de ser “mulher madura”. Mas de nada adianta esse item se ele me servir de disfarce. Se for esconderijo pra parecer mais do que realmente SER.
Temos percebido que tá bem mais prazeiroso trabalhar de casa pq temos diminuímos o tempo dedicado àquele “trabalho extra” de se enfeitar e usar tantos apetrechos SOMENTE para agradar alguém e se sentir “pertencendo” a uma tribo que valoriza demais a carcaça.
Temos descoberto que a melhor combinação de roupa é a da VERDADE com a INTEGRIDADE, tão indisponível nos estoques comerciais atuais.
Tá bom de ver que o essencial é realmente invisível aos olhos e que a beleza encantadora tá mesmo no interior, que germina a palavra amiga e a bondade fraterna.
Pra botar o pé na estrada da vida, o melhor sapato é o do PROPÓSITO. Com ele, a gente aguenta qualquer calo. E se cala diante da maldade, preferindo o chapéu do silêncio do que o batom da discórdia e da mentira.
Tb é um luto perceber que alguns itens não são mais necessários, e olhar pra trás e arrepender-se de ter dedicado tanta preocupação com as aparências SÓ para sentir-se adequada. Mergulhe nesse luto e renasça com tua beleza interior, cuidado de ti pois é PRA TI.
Bora acabar com a Síndrome do Pijama, vestir a camisa da esperança e ser fator de soma pro mundo, que tá carente de brilho no olho.
Me conta, qual tua roupa de hj?
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