Amor que não se mede, mas que nunca será incondicional, pela inerente condição humana de imperfeição. Mãe é um poço de sentimentos, uma história a ser reconstruída, um olhar verdadeiramente disponível A SER desenvolvido. Nenhuma mulher nasce mãe. Mãe é VIR A SER a cada segundo da intimidade. É ensinar e muito mais desaprender e reaprender com o pequeno ser que aponta caminhos de mergulho interior. A todas as mães minha grata admiração por essa batalha diária de lapidação de si mesma.
Em especial, quero honrar a mãe de filhos eternos. Aquela que perdeu seu rebento, seja na gestação, no início da vida ou no decorrer da caminhada. Olhemos juntas para a Grande Mãe Maria que recebe Seu Jesus e nos presentifica com Sua Luz. Ela é uma boa representação de uma mãe que vive a vida encontrando um novo lugar para essa perda.
Maria perdeu o corpo do Seu Bendito fruto mas sabia que o mundo O ganharia numa dimensão muito maior. Ele saiu do corpo para, simbólica e energeticamente, transcender a Sua Luz e iluminar a todos.
Milhares de anos se passaram e a voz de Suas parábolas sábias encantadoras continuam ecoando na existência de muitas pessoas e mostrando o caminho da PAZ.
Quero dedicar essa homenagem às mulheres que perderam seus filhos. Não há dor maior ou reparação deste vazio. A saudade é absoluta. E com o tempo, com muito amor e cicatrização, o lugar do filho toma uma proporção ainda maior, assim como a morte de Jesus, e encontra novos espaços dentro do coração da mãe e dos que o amavam.
Viver a perda de um filho é guardar o seu tesouro para toda a eternidade. É adaptar-se a uma vida com essa falta reconstruindo um novo caminhar expandindo esse amor de mãe para além do conhecido.
A ti, desejo o meu silêncio mais amparador e respeitoso. Reconheço o teu valor por ter trazido uma luz eterna ao mundo. E apoio contigo a coexistência da dor e do amor.
Feliz Dia das Eternas Mães.
Um grande abraço, Clare.
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