2020 recém começando e eu te pergunto: o que você está fazendo para realmente concretizar teus sonhos almejados na virada do ano?
Importante dizer que não é a passagem de um ano para outro que gera a mudança de vida, mas sim a mudança interna que faz com que o ano seja diferente, com que cada dia tenha novas descobertas e transformações pessoais. Toda mudança precisa de um tempo para germinar, amadurecer, se manter constante e então realmente se solidificar como uma nova postura frente a vida, que realmente permanece com o tempo. É dessa mudança diária e constante que precisamos.
Pense nas metas para 2020 não somente como metas desafiadoras, que gerarão mais pressão e ansiedade, lugares que muitas vezes nos levam a uma vida mais competitiva e julgadora de nós mesmos. Ninguém quer viver assim, não é mesmo? Podemos pensar nelas como novas roupas que queremos vestir para nos apresentarmos no grande evento da nossa vida que é a nossa Missão perante à existência, a missão de viver no caminho da morte, da impermanência e das limitações humanas de não ser eterno.
Te pergunto: como quer ser lembrado após sua morte? James Hillman, psicólogo junguiano, diz “A filosofia nos diria que construímos nossa morte dia a dia. Cada um constrói seu próprio ‘navio da morte’ dentro de si.” Portanto, como estamos nos preparando para enfrentar a morte? Estamos construindo este navio para realizarmos essa travessia com consciência e paz? Pensar na morte é pensar na Vida, é refletir a respeito de quem eu sou hoje e o que faço para viver de acordo com algo que realmente faça sentido para mim e seja coerente com meus valores.
Assim, o chamado para 2020 é: quem eu sou e qual a qualidade das minhas relações? Como me relaciono comigo mesmo e com minha missão? Pense nisso!
Texto escrito para o Espaço Terapêutico Aprender (Restinga/Porto Alegre)