Olha só esse cantinho meu que hj me acolhe no meu fazer da psicologia clínica, institucional e educacional. Daqui ouço histórias de dor e de amor, de perdas e de vínculos, com lágrimas e sorrisos. Daqui, neste canto bonito e aconchegante, canto, pinto, escrevo, estudo, sou aluna e professora, sou psicóloga e paciente, sou cantante e sou contente, sou militante e meditante, numa trajetória ainda recente.
Me sinto ainda uma criança pequena na arte científica e mística (tb mítica) de ser psicóloga clínica, que envolve saber ouvir e sustentar a dor e o sofrimento do outro, pensar sistemica e culturalmente onde aquela pessoa vive, com quem, como e com que recursos sociais, políticos, culturais e pessoais ela tem para continuar sua jornada de ser cada vez mais autêntica e verdadeira com seus próprios valores.
A clínica é um espaço de aprendizado contínuo através da relação e do vínculo entre o psicólogo e o paciente, na qual ambos precisam ser pacientes e esperançosos de encontrar algo mais significativo nas tantas narrativas e histórias que vivemos. É um lugar de aprendizado mútuo num labirinto que só o paciente tem a chave-pessoal, mas juntos facilitamos o caminho do encontro. Realmente considero meus pacientes como verdadeiros Mestres. Eles me ensinam, sem nem saber, a arte de amar e de se transformar (a eles e a mim).
Iniciei minha jornada clínica no Instituto Junguiano @ijunguianors conhecendo territórios humanos que forjaram minhas primeiras experiências de alma psi! Acompanhando crianças de 6 anos a adultos de mais de 60 anos, em visitas domiciliares, grupos de apoio e atendimentos individuais, conheci no Morro Santana, na Tijuca e no Eixo-Baltazar de POA realidades nuas e cruas que impactaram toda minha jornada. Após essa experiência de 2 anos, me envolvi mais com a clínica privada sem nunca deixar a clínica social, trabalhando em Clínicas de Psicologia e Arteterapia e em consultórios particulares. Em 2017, a experiência do CAPS Nova Petrópolis mais uma vez calou fundo em mim realidades de extrema necessidade de cuidado emocional que precisam nos envolver, enquanto psis, numa prática sempre sociocultural e sistêmica, construindo um cinturão de apoio que vai para além da saúde mental individual.
Hj, deste consultório online privilegiado, no qual trabalho online há 2 anos, não deixo de ver sempre a realidade primeira na qual habita e circula meu paciente. Trabalho com a família, com a rede de apoio social, com os dispositivos de saúde pública e com o que mais for necessário.
Daqui, sou grata por dialogar toda semana com realidades dos mais diversos estados do país e por adentrar nos espaços privados e coletivos, e especialmente empresariais, fazendo uma psicologia menos alienante e mais humana.
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