E se te convidassem pra participar de um programa com uma missão – ficar somente na sua casa por 2 meses, com quem você vive, e não poder sair para nada. Tudo lá fora fechado pra você e sua família. Não existe mais lá fora, todo o “lá fora” está “aqui dentro” da casa – a convivência, o lazer, o trabalho, o encontro dos desencontros, o esbarre com as imperfeições e divergências. O fazer as lidas da casa torna-se uma tarefa coletiva, na qual todos devem contribuir de alguma forma para que o “programa” aconteça.
Pois é, você já sabe, não foi convidado para um reality show, e sim para a vida real hoje, frente ao combate do COVID19. Com uma grande dose de estranhamento, fomos convocados a um recolhimento, e quem sabe, instigados a reinventarmos esse lugar chamado família.
Meu professor @alexandrecoimbraamaral diz (em entrevista a Revista Crescer) diz que vivemos um “BBB às avessas”. Não tem prêmio, nem escapatória, se valoriza sua vida e a dos colegas humanos, e pode estar em casa. É a grande chance de olhar as paredes da casa como espelhos, nos quais você se depara com a própria face, com a própria sombra e luz, sua e dos que convive. Talvez, minimamente a boa convivência já habitava aí teu lar. Mas talvez, como grande parte das relações humanas, ainda poderia melhorar um tanto, principalmente no quesito PRESENÇA e ESCUTA.
Pra facilitar essa vida de isolamento, te convido a olhar bem fundo nos olhos dos que dormem debaixo do seu teto, ouça com os ouvidos da alma e fale com a voz do coração. Se tá difícil, começa aceitando o grande estranhamento da vida que levávamos e esta que pulsa agora bem desconcertante e angustiante.
O futuro é uma interrogação, mas a fortaleza que construímos internamente permanece para além da tempestade. É a integridade humana que está sendo convocada a se erguer sob pilares de empatia, respeito, verdade e colaboração. Vambora ver o que é invisível aos olhos e acolher tudo o que habita em nós!
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