Quem somos na crise? O que nos fragiliza e o que nos fortalece?
Antes de falar sobre resiliência e fatores de enfrentamento diante da crise, quero falar sobre as populações mais vulneráveis ao trauma deste momento, dando continuidade ao post dessa semana.
Me toca demais ver grupos de pessoas mais fragilizados nessa situação em virtude de um sistema excludente e discriminatório que mantemos funcionando. É chegada a hora de repensarmos o todo e olharmos mais para aquilo que estávamos negando enquanto sociedade. Sim, a bola da vez é encarar os sujeitos da “sombra social” que ficam às margens dos privilégios capitalistas. E encontrar formas de cuidado, de amparo e proteção dos direitos de todos.
E quais são os fatores que promovem a vulnerabilidade destes grupos (vejo no post anterior dessa semana):
Fatores Externos:
- A interferência e a influência da mídia
- As cobranças e exigências sociais
- O tempo de duração dos efeitos sociais produzidos pelo acontecimento
- As características das perdas (considerando o tipo, a duração e severidade)
- A gravidade das perdas significa se perdeu pessoas próximas ou bens significativos
- A exposição a cenas de horror
- A existência ou ausência de redes de apoio de dentro ou fora da comunidade envolvida
Fatores Internos:
- O papel da pessoa diante do enfrentamento ao trauma
- A experiência anterior de enfrentamento de traumas
- Ter histórico de doenças recentes ou condições crônicas de saúde
- A existência de sistema de apoio social e psicológico
- A capacidade de percepção, compreensão e interpretação da pessoa
Com a consciência destes aspectos, podemos ampliar o autocuidado e o cuidado das pessoas mais vulneráveis. Se puder, cuide de quem está próximo de você, dos seus amigos e familiares que apresentam alguma fragilidade importante. Seja gentil e amoroso consigo, e serás assim com os próximos. Unidos somos mais fortes e juntos conseguiremos atravessar a crise.
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