Minha Luana nasceu em outubro de 2018.
Dias de longa espera num corpo mais do que rechonchudo, 41 semanas e nada dela manifestar sinais. Além das ansiedades e preparações para um parto e para sua chegada, a crise do mundo político das eleições atordoava muitos ao meu redor, e eu tentava, a todo instante, encontrar um lugar de esperança e de serenidade dentro de mim, com uma barriga já bem sem espaço.
Triste demais ver as brigas familiares e entre amigos queridos, pessoas manifestando-se de maneira selvagem e agressiva nas redes sociais e especialmente virtuais, e rompendo os laços do respeito e da solidariedade. Eu, na minha utopia fraterna, desejava fortemente que a minha Lulu nascesse num ambiente de mais paz. Mas naquele momento, só me restava aprender a suportar os espinhos e a encontrar nas intempéries da vida fachos de luz de dias melhores.
Assim, me dediquei a escrever a ela, numa tentativa de diálogo gestacional, já anunciando uma relação de muita conversa entre nós. Eis aí capa e uma das páginas do Caderninho da Lulu, palavras na madrugada.
Me recolhi, num isolamento escolhido, e busquei em mim formas de agradecimento. Já explicava a ela que na vida é preciso suportar as lagartas para conhecer as borboletas.


Diante dessa pandemia, penso nas Gestantes vivendo as angústias naturais do processo de tornar-se mãe e receber a responsa gigante de ter um filho. Como estão essas mulheres lidando com as incertezas e discórdias do mundo? Que crenças estão nutrindo? Que recepção terá seu rebento?
Buscar rituais de recolhimento e de encontro com as verdades interiores é mais do que necessário na gestação da atualidade.
Sei que tá difícil sem Chá de Bebê presencial e sem as certezas de contar com uma rede de apoio no puerpério. É tempo de criar novos rituais de chegada.

Essas dicas do post fazem sentido pra ti? Busca teus recursos e te reinventa. Conta comigo pra viver esse momento e acolher tua insegurança.
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