
Comunicação de más notícias e novos rituais de despedida: aprendendo e praticando no meu fazer algo que não era o esperado e nem o escolhido, mas o necessário.
Esse, entre outros, é um curso que fala de alguém exausta mas que não para de estudar e se capacitar pra atender as dores do momento. Sigo, sol a sol, movida pelo sentido de transformação que acredito que precisamos passar com tudo isso.
Eu sofro junto com meus pacientes e clientes as mortes e os lutos difíceis que estamos vivendo na pandemia (antes e depois dela também).
Entre choros e velas, buscamos novos rituais para se viver. De chegada. De partida. De demonstrar carinho. De ser afeto. De demonstrar raiva. De viver a tristeza. De extravasar e de se acolher.
Conversei com uma pessoa (com uma doença grave, afastada dos familiares há mais de 2 meses), que reencontrou o filho quando foi fazer a medicação necessária no hospital. Ele entrou num sacão enorme para poder abraçá-la, e, no toque, manifestar um tantinho da enorme saudade deles. Com amor. Com responsabilidade. Com uma chama de reinvenção das formas de manifestar afeto. Emocionante! Só agradeço por pessoas assim existirem e alimentarem a esperança de que sairemos dessa melhores.

Chorei pela história. Chorei pela saudade. Chorei pela impotência atual de muitos abraços impossibilitados. E isso me move para continuar no meu servir de ampliação da consciência e da paz no mundo. Em busca de mais humanos íntegros que queiram o autoconhecimento e uma saída coletiva para este problema coletivo.
Por mim. Por você. Por nós.
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